Todos os dias devemos trabalhar no combate do abuso da exploração sexual de nossas crianças e adolescentes

Todos os dias devemos trabalhar no combate do abuso da exploração sexual de nossas crianças e adolescentes. Entretanto, o dia 18 de maio é uma data especial dedicada a este assunto, organizações e toda a sociedade trabalham com o objetivo de sensibilizar, informar e convocar todos a agirem em defesa dos direitos sexuais de nossos pequeninos.

Abuso Sexual: o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual. As crianças, devido ao seu estágio de desenvolvimento, não são capazes de entender o contato ou resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do ofensor.

Exploração Sexual: quando se paga para ter sexo com pessoas de idade inferior a 18 anos.

Tanto o abuso quanto a exploração sexual são crimes de violência sexual.

Em relação às consequências da exploração sexual, identifica-se que os adolescentes são expostos a situações de risco à saúde, como doenças sexualmente transmissíveis (DST), infecção pelo HIV, dependência química, alcoolismo e sofrimento psíquico que podem resultar em suicídio. Outros riscos psicossociais são enumerados, como gravidez indesejada, despreparo para a maternidade e/ou paternidade, adoção de práticas educativas muito rígidas e autoritárias, isolamento social das famílias que evitam desenvolver relações de proximidade com pessoas fora do contexto familiar, ocorrência de práticas parentais hostis ou negligentes em relação aos jovens, insultos e humilhações de pessoas em geral, violência doméstica, ataques sexuais e físicos de clientes e de agenciadores, abuso e detenção da polícia, entre outros prejuízos para a vida e o bem-estar dos adolescentes vítimas da exploração sexual.

 

Violência precoce pode influenciar uso de drogas

 

Conforme estudo, metade dos usuários de cocaína e um terço dos de maconha foram vítimas de abuso infantil

 

Quais as marcas da violência? Conforme o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, dois a cada dez brasileiros foram vítimas de violência física na infância ou adolescência (21,7%),

representando mais de 30 milhões de pessoas. Em dois a dez casos, o agressor estava sob o efeito de álcool durante a agressão. Arranhar, beliscar ou empurrar estão entre as agressões mais comuns (12,4%), seguida de bater até causar marcas no corpo (11,9%). Chama a atenção que quase 1% dos entrevistados relatou ter sido vítima de um ataque com faca ou arma de fogo por seus pais.

O uso de substâncias ilícitas por familiares, acrescenta o estudo,

é outro fator de risco para o consumo e desenvolvimento de dependência química na vida adulta.

Os dados mostram que pelo menos 8% dos brasileiros relataram possuir alguém próximo que consumia substâncias ilícitas dentro da sua residência, a maioria deles parentes próximos (3,7%).

Todavia, entre todos os tipos de violência precoce, o abuso sexual é o que leva a consequências mais drásticas a longo prazo. O levantamento mostra que mais de 5% da população adulta já foi vítima de abuso sexual, representando 5,5 milhões de brasileiros. O principal alvo são as meninas (7%), enquanto os meninos representam 3,4% das vítimas, prevalência acima das estimativas de estudos anteriores, o que a pesquisa atribui ao fato das entrevistas terem sido realizadas de forma fechada e com sigilo absoluto.

Exploração sexual em crianças e adolescentes continua sendo um grave problema social. O levantamento identificou que mais de 1% dos entrevistados já recebeu dinheiro para fazer sexo antes dos 18 anos de idade, representando mais de um milhão de brasileiros. Porém, ao contrário do esperado, a prevalência da exploração sexual precoce entre meninos (1,6%) é maior do que entre as meninas (1%).

Mas afinal, quais os impactos da violência no consumo de substância na vida adulta? De acordo com o estudo, essa violência pode levar a um aumento significativo da predisposição à depressão e, principalmente, ao uso de substância psicotrópicas na vida adulta. Isso porque as taxas de prevalência de consumo de substâncias entre as vítimas de violência precoce são significativamente superiores às da população geral. Porem observa-se que mais da metade dos usuários de cocaína e mais de um terço dos usuários de maconha foram vítimas de abuso infantil.

A pesquisa divulgada, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ouviu 4.607 pessoas de 14 anos ou mais em 149 municípios. No Nordeste, 1.262 pessoas foram entrevistadas, sendo 216 no Ceará.

Já os dados do Disque 100, da Presidência da República – um dos instrumentos de denúncia mais difundidos no País -, recebeu, no ano passado, 6.109 denúncias de violência do Ceará, portanto dá uma média de 17 denúncias registradas por dia. Elas envolvem 12.698 violações, uma vez que cada caso pode envolver mais de um tipo de violação.

Liderando o ranking, com 4.568 denúncias, está negligência familiar (36%), seguida de violência psicológica 3.201 (25%), violência física 2.867 (22,5%), violência sexual 1.363 (10,7%)e exploração do trabalho infantil 476 (3,7%).

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